Greenpeace propõe plataforma ambiental

A exigência de comprovação da origem e legalidade da produção das madeiras compradas pelos órgãos públicos faz parte da plataforma. Compras governamentais podem ajudar a qualificar cadeias produtivas. "O mundo hoje enfrenta desafios ambientais que exigem respostas dos governos municipais.

É preciso pensar globalmente e agir localmente e vice-versa". Esse é a "moldura" da plataforma ambiental lançada pelo Greenpeace, segundo o diretor de Políticas Públicas da entidade, Sérgio Leitão. A plataforma ambiental do Greenpeace será distribuída aos candidatos a prefeito e vereador das principais capitais do Brasil que estão concorrendo nas eleições e aborda problemas ligados às mudanças climáticas, florestas, transgênicos, oceanos, entre outros temas, que, de acordo com a entidade, podem ser aplicadas a qualquer município do país.

"O estabelecimento de planos municipais sobre mudanças climáticas, com metas de redução de emissões de gases do efeito estufa e eficiência energética pode ajudar a suprir a falta de vontade do governo Lula de adotar medidas concretas para resolver a crise do clima", sustenta Sérgio Leitão. Incluir questões ambientais nas agendas políticas dos municípios não significa necessariamente fazer grandes investimentos. Entre as propostas do Greenpeace, muitas só dependem de uma decisão simples e local, como a exigência de comprovação da origem e legalidade da produção das madeiras compradas pelos órgãos públicos.

A qualificação das compras governamentais é um incentivo para melhorar as cadeias produtivas do ponto de vista dos impactos sociais e ambientais, que está no cerne do Pacto Nacional. Os eleitores poderão entrar no site e enviar a plataforma para seus candidatos. Além disso, os internautas poderão fazer sugestões para serem incluídas no documento. "Nosso intuito é fomentar a discussão para que todos os setores da sociedade cobrem dos políticos um compromisso com o meio ambiente".